Sabemos que estamos expostos, principalmente nas grandes metrópoles, a furtos e roubos, e eventos como esses podem ser bastante traumáticos. Como será então a vida de pessoas que sofreram assaltos enquanto dirigiam ou eram passageiras de um veículo?
Um assalto pode ser um evento extremamente violento – o que aumenta consideravelmente a chance de surgimento de um trauma – ou não, mas é inegável que seja uma experiência negativa que tem seus desdobramentos, e aqui ressaltamos aqueles no campo da saúde mental .
Há casos que podem se tornar um TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático), mas é importante frisar que nem todos os assaltos se tornarão TEPTs, pois, em alguns casos, embora haja um sofrimento substancial, em alguns dias o sujeito em questão deixará de experimentar aqueles sintomas.
Seja quando falamos de TEPT ou quando falamos dos casos que não se tornam TEPTs, sofrer um assalto em um veículo, seja como motorista ou passageiro, pode nos levar a construir a ideia do carro como um ambiente hostil e perigoso, experimentando comportamentos evitativos e ou ansiosos quando expostos novamente à necessidade de andar em um veículo.
Perceber-se com medo de dirigir ou de andar em um veículo como passageiro após sofrer um assalto é motivo de sofrimento para muitos brasileiros, e frequentemente representará um prejuízo social, visto que veículos estão presentes em nosso cotidiano a todo momento.
Na Psiquê, atuamos com o respaldo da Psicologia do Trânsito e do EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing ou Dessensibilização e Reprocessamento por meio de Movimentos Oculares) para auxiliar tais pessoas na resolução de seus traumas e medos. Compreender que o veículo foi parte do evento, mas não carrega em si esse perigo, é uma missão que pode parecer simples, mas não é. Requer muitas vezes acompanhamento psicoterapêutico especializado, como forma de ressignificar esse evento e possibilitar que os veículos sejam novamente objetos que não carreguem esse sentido hostil.
Na Psiquê, olhamos o aluno em sua totalidade. Para nós, técnica e emocional caminham lado a lado rumo a um dirigir completamente autônomo.
